terça-feira, 22 de março de 2016

O Cavaleiro da Arvore que Ri - O Torneio de Harrenhal pelos olhos de um Cragnomano | Game of Thrones

No terceiro livro de Game Of Thrones, A Tormenta de Espadas, os irmãos Reed contam a Bran Stark uma história do Cavaleiro da Arvore que Ri e sua participação no torneio de Harrenhal. Nesta história dá pra identificar vários personagens, como por exemplo, o pai do Bran, Eddard Stark, seguido dos irmãos, Benjen Stark e Lyanna Stark, os Targaryen, Lannisters e o Howland Reed.

Os fãs levantam várias teorias sobre a identidade do Cavaleiro da Arvore que Ri e as mais plausíveis são que o Cavaleiro pode ser a Lyanna ou o Ned Stark. E por ser descrito com estatura baixa, tem também uma chance de ser o Howland Reed.

PS: Inclusive foi neste torneio que Ned e Rowland ficaram amigos. Na Torre da Alegria Ned fala que só sobreviveu por causa dele.

A seguir, confira a parte do livro que conta esta história:



- Sabem
  • histórias? - perguntou de repente aos Reed.
  • Meera soltou uma gargalhada.
  • - Ah, algumas.
  • - Algumas - admitiu o irmão.
  • - Hodor - disse Hodor, cantarolando.
  • - Podiam contar uma - disse Bran, - Enquanto caminhamos. O Hodor gosta de histórias sobre
  • cavaleiros. Eu também gosto.
  • - Não há cavaleiros no Gargalo - disse Jojen.
  • - Por cima da água - corrigiu a irmã. - Mas os pântanos estão cheios de cavaleiros mortos,
  • - Isso é verdade - disse Jojen. - Andalos e homens de ferro, Frey e outros tolos, todos os
  • orgulhosos guerreiros que tentaram conquistar a Água Cinzenta. Nem um conseguiu encontrá-la.
  • Entram no Gargalo mas não conseguem sair. E mais cedo ou mais tarde tropeçam nos pântanos,
  • afundam-se sob o peso de todo aquele aço e afogam-se lá, em suas armaduras.
  • A imagem de cavaleiros afogados debaixo d agua fez Bran arrepiar-se. Mas não levantou
  • objeções; gostava dos arrepios.
  • - Houve um cavaleiro - disse Meera - no ano da Falsa Primavera. Chamavam-no de Cavaleiro
  • da Árvore que Ri. Esse pode ter sido um cranogmano.
  • - Ou não. - O rosto de Jojen estava salpicado de sombras verdes. - Tenho certeza de que o
  • Príncipe Bran já ouviu essa história uma centena de vezes.
  • - Não - disse Bran. - Não ouvi. E, se tivesse ouvido, não me importaria. Às vezes, a Velha Ama
  • voltava a contar as mesmas histórias, mas nós nunca nos importávamos, desde que fossem boas,
  • Ela costumava dizer que as velhas histórias são como velhos amigos. Temos de visitá-las de vez
  • em quando.
  • - Isso é verdade. - Meera caminhava com o escudo nas costas, afastando do caminho um ramo
  • ou outro com a lança para rãs. Bem quando Bran já começava a achar que ela não ia contar a
  • história, começou: - Num tempo muito distante houve um moço engraçado que vivia no Gargalo.
  • Era pequeno como todos os cranogmanos, mas também era bravo, esperto e forte. Cresceu
  • caçando, pescando e subindo nas árvores e aprendeu toda a magia do meu povo.
  • Bran tinha quase certeza de que nunca ouvira aquela história.
  • - Ele tinha os sonhos verdes, como o Jojen?
  • - Não - disse Meera mas era capaz de respirar lama e correr sobre folhas e transformar a terra
  • em água e a água em terra só com uma palavra murmurada. Sabia falar com as árvores, tecer
  • palavras e fazer castelos aparecerem e desaparecerem.
  • - Gostaria de saber fazer isso - disse Bran em tom de lamento. - Quando é que ele conhece o
  • cavaleiro da árvore?
  • Meera fez-lhe uma careta.
  • - Mais depressa, se um certo príncipe ficasse calado.
  • - Estava só perguntando.
  • - O rapaz conhecia as magias dos pântanos - prosseguiu ela -, mas queria mais. É que o nosso
  • povo raramente viaja para longe de casa. Somos gente pequena, e nossos costumes parecem
  • estranhos para certas pessoas, de modo que as pessoas grandes nem sempre nos tratam bem.
  • Mas esse rapaz era mais ousado do que a maioria, e um dia, depois de chegar à idade adulta,
  • decidiu que iria deixar os pântanos para visitar a Ilha das Caras.
  • - Ninguém visita a Ilha das Caras - questionou Bran. - E onde vivem os homens verdes.
  • - Eram os homens verdes que ele queria encontrar. Portanto vestiu uma camisa com escamas
  • de bronze cosidas a ela, como a minha, pegou um escudo de couro e uma lança de três dentes,
  • como os meus, e desceu o Ramo Verde remando num pequeno barco de casco de couro.
  • Bran fechou os olhos para tentar ver o homem em seu pequeno barco de casco de couro. Na
  • sua cabeça, o cranogmano parecia-se com Jojen, só que mais velho e forte e vestido como Meera.
  • - Passou por baixo das Gêmeas de noite, para que os Frey não o atacassem, e quando chegou
  • ao Tridente, saiu do rio, pôs o barco na cabeça e começou a caminhar. Demorou muitos dias, mas
  • por fim chegou ao Olho de Deus, atirou o barco no lago e remou até a Ilha das Caras.
  • - E encontrou os homens verdes?
  • - Sim - disse Meera -, mas essa é outra história, e não cabe a mim contá-la. O meu príncipe
  • pediu cavaleiros.
  • - Homens verdes também são bons.
  • - São mesmo - concordou ela, mas nada mais disse sobre eles. - O cranogmano ficou na ilha
  • durante todo esse inverno, mas quando a primavera desabrochou, ouviu o grande mundo a
  • chamá-lo e soube que era hora de partir. Seu barco de couro estava exatamente no local onde o
  • deixara, por isso fez suas despedidas e remou para terra firme. Remou e remou, e por fim viu as
  • distantes torres de um castelo erguendo-se junto ao lago. As torres subiam cada vez mais, à
  • medida que ia se aproximando da margem, até que ele percebeu que aquele devia ser o maior
  • castelo do mundo inteiro.
  • - Harrenhal! - compreendeu Bran de imediato, - Era Harrenhal!
  • Meera sorriu.
  • - Seria? À sombra das suas muralhas viu tendas de muitas cores, brilhantes estandartes
  • balançando ao vento, e cavaleiros vestidos de cota de malha ou de placas de aço e montados em
  • cavalos couraçados. Sentiu o cheiro de carne assando e ouviu o som de risos e o clangor das
  • trombetas dos arautos. Um grande torneio estava prestes a começar, e tinham vindo campeões de
  • todo o território para conquistá-lo. O próprio rei encontrava-se presente, com seu filho, o
  • príncipe-dragão. As Espadas Brancas tinham vindo, para receber um novo irmão em suas fileiras.
  • O senhor da tempestade andava por lá, bem como o senhor da rosa. O grande leão do rochedo
  • tinha brigado com o rei e acabou se mantendo afastado, mas muitos de seus vassalos e cavaleiros
  • compareceram mesmo assim. O cranogmano nunca vira tamanha pompa, e sabia que talvez
  • nunca mais voltaria a ver coisa igual. Parte de si nada mais desejava do que participar daquilo.
  • Bran conhecia bastante bem essa sensação. Quando era pequeno, só sonhava em ser um
  • cavaleiro. Mas isso fora antes de cair e perder as pernas,
  • - A filha do grande castelo reinava como rainha do amor e da beleza quando o torneio começou.
  • Cinco campeões tinham jurado defender a sua coroa; seus quatro irmãos de Harrenhal e seu tio
  • famoso, um cavaleiro branco da Guarda Real.
  • - Era uma donzela bela?
  • - Era - disse Meera, saltando sobre uma pedra -, mas havia outras ainda mais belas. Uma era a
  • esposa do príncipe-dragão, que havia trazido uma dúzia de damas de companhia para servi-la.
  • Todos os cavaleiros lhe suplicavam favores para atar em volta de suas lanças.
  • - Isso não vai ser uma daquelas histórias de amor, não é? - perguntou Bran, desconfiado. - O
  • Hodor não gosta lá muito dessas.
  • - Hodor - disse Hodor, concordando.
  • - Ele gosta das histórias em que os cavaleiros lutam com monstros.
  • - As vezes os monstros são os cavaleiros, Bran. O pequeno cranogmano caminhava pelo
  • campo, desfrutando do dia quente de primavera e sem fazer mal a ninguém, quando foi atacado
  • por três escudeiros, Nenhum deles tinha mais de quinze anos, mesmo assim eram maiores do que
  • ele, todos os três. Do modo como viam as coisas, aquele mundo era deles, e o cranogmano não
  • tinha o direito de estar lá. Roubaram sua lança e atiraram-no ao chão, e o chamaram de papa-rãs,
  • - Eram Walder? - parecia algo que o Pequeno Walder Frey poderia ter feito.
  • - Nenhum deles disse o nome, mas ele guardou bem seus rostos na memória, para que
  • pudesse se vingar mais tarde. Derrubaram-no toda vez que tentou se levantar, e chutaram-no
  • quando se enrolou sobre si mesmo no chão. Mas então ouviram um rugido. "Esse que chutam é
  • vassalo de meu pai", uivou a loba.
  • - Uma loba com quatro patas, ou com duas?
  • - Duas - disse Meera. - A loba meteu-se no meio dos escudeiros com uma espada de torneio,
  • fazendo-os debandar. O cranogmano estava machucado e ensangüentado, por isso ela levou-o
  • para a sua toca, para limpar as feridas e cobri-las com linho. Aí, ele conheceu os irmãos de matilha
  • dela: o lobo selvagem que os liderava, o lobo calado ao seu lado e o lobinho que era o mais novo
  • dos quatro.
  • "Nessa noite, haveria um banquete em Harrenhal, para anunciar a abertura do torneio, e a loba
  • insistiu em que o rapaz comparecesse. Ele era de elevado nascimento, com tanto direito a um
  • lugar no banco como qualquer outro homem. Não era fácil contrariar aquela donzela-lobo, e assim
  • ele deixou que o jovem lobinho lhe arranjasse um traje adequado para um banquete real e
  • dirigiu-se ao grande castelo.
  • "Comeu e bebeu sob o teto de Harren, com os lobos e também com muitas das espadas a eles
  • juramentadas, homens das terras acidentadas, e também alces, ursos e tritões. O príncipe-dragão
  • cantou uma canção tão triste que fez a donzela-lobo soluçar, mas quando o seu irmão lobinho
  • caçoou dela por chorar, ela derramou vinho na cabeça dele. Um irmão negro interveio, pedindo aos
  • cavaleiros para se juntarem à Patrulha da Noite. O senhor da tempestade derrotou o cavaleiro dos
  • crânios e beijos numa batalha de copos de vinho. O cranogmano viu uma donzela com sorridentes
  • olhos púrpuras dançando com uma espada branca, uma serpente vermelha e o senhor dos grifos,
  • e por fim com o lobo silencioso... mas só depois que o lobo selvagem falou com ela em nome do
  • irmão, que era tímido demais para sair de seu banco.
  • "No meio de toda aquela alegria, o pequeno cranogmano vislumbrou os três escudeiros que o
  • tinham atacado. Um deles servia um cavaleiro forquilha; outro, um porco- -espinho, enquanto o
  • terceiro assistia um cavaleiro com duas torres em seu sobretudo, um símbolo que todos os
  • cranogmanos conhecem bem."
  • - Os Frey - disse Bran. - Os Frey da Travessia.
  • - Então, assim como agora - concordou ela. - A donzela-lobo também os viu e mostrou-os aos
  • irmãos. "Podia arranjar-lhe um cavalo e uma armadura que talvez servisse", ofereceu o lobinho, O
  • pequeno cranogmano agradeceu, mas não respondeu. Tinha o coração dividido. Os cranogmanos
  • são menores do que a maioria dos homens, mas igualmente orgulhosos. O rapaz não era
  • cavaleiro, nenhum dos seus era. Sentamo-nos mais freqüentemente num barco do que num
  • cavalo, e nossas mãos são feitas para remos, não para lanças. Por mais que desejasse obter sua
  • vingança, temia não fazer mais do que papel de bobo, envergonhando seu povo. O lobo silencioso
  • ofereceu ao pequeno cranogmano um lugar em sua tenda naquela noite, mas este, antes de
  • dormir, ajoelhou-se na margem do lago, olhando por sobre a água para onde a Ilha das Caras
  • deveria estar, e proferiu uma prece aos deuses antigos do Norte e do Gargalo...
  • - Seu pai nunca lhe contou essa história? - perguntou Jojen.
  • - Era a Velha Ama quem contava histórias. Meera, continue, não pode parar aí.
  • Hodor devia sentir o mesmo.
  • - Hodor - disse, e depois: - Hodor hodor hodor hodor.
  • - Bem - disse Meera -, se quer ouvir o resto...
  • - Sim. Conte.
  • - Estavam planejados cinco dias de justas - disse ela. - Também haveria uma grande luta corpo
  • a corpo entre sete equipes, e torneios de tiro ao alvo e arremesso de machados, uma corrida de
  • cavalos e um torneio de cantores...
  • - Isso tudo não interessa. - Bran contorceu-se impacientemente no cesto que o prendia às
  • costas de Hodor, - Conte o que aconteceu nas justas.
  • - As ordens de meu príncipe. A filha do castelo era a rainha do amor e da beleza, com quatro
  • irmãos e um tio para defendê-la, mas todos os quatro filhos de Harrenhal foram derrotados no
  • primeiro dia. Os vencedores tiveram breves reinados como campeões, até serem, por sua vez,
  • derrotados. Aconteceu que, no fim do primeiro dia, o cavaleiro do porco-espinho conquistou um
  • lugar entre os campeões, e na manhã do segundo dia o cavaleiro da forquilha e o cavaleiro das
  • duas torres também saíram vitoriosos. Mas, ao fim da tarde desse segundo dia, quando as
  • sombras se tornavam longas, um misterioso cavaleiro surgiu na liça.
  • Bran assentiu com a cabeça, com ar sabedor. Cavaleiros misteriosos apareciam freqüentemente
  • nos torneios, com elmos que escondiam seus rostos, e escudos ora vazios ora
  • ostentando um símbolo estranho qualquer. Às vezes eram campeões famosos sob disfarce. O
  • Cavaleiro do Dragão certa vez ganhara um torneio como o Cavaleiro das Lágrimas, para poder
  • nomear a irmã rainha do amor e da beleza no lugar da amante do rei. E Barristan, o Ousado, vestiu
  • por duas vezes uma armadura de cavaleiro misterioso, a primeira quando tinha apenas dez anos,
  • - Aposto que era o pequeno cranogmano.
  • - Ninguém soube - disse Meera -, mas o cavaleiro misterioso era de baixa estatura e usava uma
  • armadura que mal lhe servia, feita de partes avulsas. O símbolo que trazia no escudo era uma
  • árvore-coração dos velhos deuses, um represeiro branco com uma cara vermelha sorrindo.
  • - Talvez tenha vindo da Ilha das Caras - disse Bran. - Era verde? - Nas histórias da Velha Ama,
  • os guardiães tinham pele verde-escura e folhas no lugar dos cabelos. As vezes também tinham
  • chifres, mas Bran não via como o cavaleiro misterioso poderia ter usado um elmo se tivesse
  • chifres. - Aposto que foram os deuses antigos que o enviaram.
  • - Talvez tenham sido. O cavaleiro misterioso saudou o rei com a lança e dirigiu-se para o fim da
  • liça, onde os cinco campeões tinham seus pavilhões. Sabe quais foram os três que ele desafiou.
  • - O cavaleiro do porco-espinho, o cavaleiro da forquilha e o cavaleiro das torres gêmeas. - Bran
  • ouvira histórias suficientes para saber isso. - Era o pequeno cranogmano, bem que eu disse.
  • - Fosse quem fosse, os deuses antigos deram força ao seu braço, O cavaleiro do porco-espinho
  • foi o primeiro a cair, seguido pelo da forquilha e, por fim, o das duas torres foi derrubado. Nenhum
  • deles era apreciado, por isso os plebeus aplaudiram vigorosamente o Cavaleiro da Arvore que Ri,
  • nome pelo qual o novo campeão começou rapidamente a ser conhecido. Quando seus adversários
  • caídos procuraram resgatar cavalos e armaduras, o Cavaleiro da Arvore que Ri falou numa voz
  • trovejante através do elmo:"Ensinem honra aos seus escudeiros, isso será um resgate suficiente".
  • Depois de os cavaleiros derrotados terem punido severamente os escudeiros, seus cavalos e
  • armaduras foram restituídos. E, assim, as preces do pequeno cranogmano foram atendidas.,,
  • pelos homens verdes, pelos deuses antigos ou pelos filhos da floresta, quem saberá?
  • Era uma boa história, decidiu Bran depois de pensar nela por um momento ou dois.
  • - O que aconteceu depois? O Cavaleiro da Arvore que Ri ganhou o torneio e se casou com uma
  • princesa?
  • - Não - disse Meera, - Nessa noite, no grande castelo, tanto o senhor da tempestade como o
  • cavaleiro dos crânios e dos beijos juraram que iriam desmascará-lo, e o próprio rei exortou os
  • homens a desafiá-lo, declarando que o rosto por trás do elmo não era seu amigo. Mas, na manhã
  • seguinte, quando os arautos sopraram suas trombetas e o rei ocupou seu lugar, só dois campeões
  • apareceram. O Cavaleiro da Arvore que Ri tinha desaparecido. O rei ficou furioso, e até mandou o
  • filho, o príncipe-dragão, procurar o homem, mas tudo que encontraram foi seu escudo pintado,
  • abandonado, pendendo de uma árvore. No fim, foi o príncipe-dragão que ganhou o torneio.
  • - Oh. - Bran refletiu um pouco acerca da história. - Foi uma boa história, Mas, em vez dos
  • escudeiros, os três cavaleiros maus deviam ter machucado o homem. Então, o pequeno
  • cranogmano poderia ter matado os três. A parte dos resgates é estúpida. E o cavaleiro misterioso
  • devia ter ganhado o torneio, derrotando todos os que o desafiassem, e nomeado a donzela-lobo
  • rainha do amor e da beleza.
  • - Ela foi nomeada - disse Meera mas essa é uma história mais triste.
  • - Tem certeza de que nunca ouviu essa história antes, Bran? - perguntou Jojen. - O senhor seu
  • pai nunca a contou para você?
  • Bran sacudiu a cabeça. O dia já estava acabando a essa altura, e longas sombras rastejavam
  • pelos flancos das montanhas, enviando dedos negros por entre os pinheiros.
  • Se o pequeno cranogmano pôde visitar a Ilha das Caras, eu talvez também possa. Todas as
  • histórias concordavam em que os homens verdes possuíam estranhos poderes mágicos. Talvez
  • pudessem ajudá-lo a voltar a andar, ou até a transformá-lo num cavaleiro. Transformaram o
  • pequeno cranogmano num cavaleiro, mesmo que só por um dia, pensou. Um dia seria suficiente.




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