segunda-feira, 30 de maio de 2016

Diálogo de Varys e Tyrion sobre o uso da magia | Game of Thrones


Assistindo o episódio 5 da 6ª temporada de Game of Thrones temos uma cena em que Tyrion e Varys conhecem uma Red Priestess, a Kinvara. Na conversa ela questiona sobre a voz que Varys escuta vindo das chamas quando suas partes mutiladas são queimadas. Podemos dizer que isso o deixou um pouco intimado? Talvez, veremos nos próximos episódios o que vai dar essa aliança. Mas tudo isso também nos remete a um outro diálogo que vimos entre Varys e Tyrion em episódios passados.


No segundo livro das Crônicas de Gelo e Fogo, Varys conta a Tyrion como ele foi cortado e que por esse motivo, repudia o uso de magia. Separamos essa parte pra você, que ainda não leu o livro, poder entender melhor. Confira:

Senhor, acredita nos antigos poderes?
- Fala de magia? - Tyrion perguntou com impaciência, fungando. - Feitiços de sangue, maldições,
metamorfismo, esse tipo de coisa? Quer sugerir que Sor Cortnay foi enfeitiçado até a
morte?
- Sor Cortnay tinha desafiado Lorde Stannis para um combate singular na manhã do dia
em que morreu. Pergunto: será este o ato de um homem perdido em desespero? Depois, há a
questão do assassinato misterioso e muito fortuito de Lorde Renly, precisamente no momento
em que suas linhas de batalha estavam se formando para varrer o irmão do campo - o eunuco fez
uma pausa momentânea. - Senhor, uma vez perguntou-me de que modo fui cortado,
- Lembro-me disso, Não quis falar do assunto.
- E continuo a não querer, mas... - aquela pausa foi mais longa do que a anterior, e quando
Varys voltou a falar sua voz estava de algum modo diferente. - Era um órfão, aprendiz numa
trupe errante. Nosso mestre possuía um barco pesqueiro pequeno e largo, e viajávamos de um
lado para o outro ao longo do mar estreito, atuando em todas as Cidades Livres e, de tempos
em tempos, em Vilavelha e Porto Real. Um dia, em Myr, um certo homem foi ao nosso espetáculo.
Quando terminou, fez uma oferta por mim que meu mestre achou tentadora demais para
recusar. Fiquei aterrorizado. Temi que o homem pretendesse me usar como ouvira dizer que os
homens usavam garotinhos, mas, na verdade, a única parte de mim que ele queria era meu órgão
viril. Deu-me uma poção que me deixou incapaz de me movimentar ou de falar, mas nada fez
para adormecer meus sentidos. Com uma longa lâmina em forma de gancho cortou-me raiz e
caule, sem parar de entoar cânticos. Vi-o queimar meus órgãos masculinos num braseiro. As
chamas ficaram azuis, e ouvi uma voz responder ao seu chamado, embora não compreendesse
as palavras que foram ditas. Quando ele acabou de fazer o que queria comigo, os pantomimeiros
tinham zarpado. Depois de servir aos seus propósitos, o homem já não tinha interesse em
mim, e botou-me na rua. Quando lhe perguntei o que devia fazer então, ele respondeu que achava
que devia morrer. Para contrariá-lo, decidi viver. Mendiguei, roubei e vendi as partes do corpo
que ainda me restavam. Em pouco tempo tornei-me um ladrão tão bom como qualquer outro
de Myr, e quando cresci aprendi que muitas vezes o conteúdo das cartas de um homem é mais
valioso do que o conteúdo de sua bolsa, Mas ainda sonho com aquela noite, senhor. Não com o
feiticeiro, nem com a lâmina, nem mesmo com o modo como meu membro viril contraiu-se enquanto
ardia. Sonho com a voz. A voz saída das chamas. Seria um deus, um demônio, um truque
qualquer de ilusionista? Não sei lhe dizer, e olhe que conheço todos os truques. Tudo o que sei
com toda certeza é que o homem chamou a coisa, e ela respondeu, e desde esse dia odiei a magia
e todos aqueles que a praticam. Se Lorde Stannis for um desses homens, desejo vê-lo morto.
Quando terminou de falar, cavalgaram em silêncio durante algum tempo. Por fim, Tyrion disse:
- Uma história pungente. Lamento.
O eunuco suspirou.
- Lamenta, mas não acredita em mim. Não, senhor, não é necessário pedir perdão. Eu estava
drogado e com dores, e tudo se passou há muito tempo e num lugar distante, do outro lado do
mar. Sem dúvida que sonhei aquela voz. Disse isso a mim mesmo mil vezes.
- Eu acredito em espadas de aço, moedas de ouro e na inteligência dos homens - Tyrion respondeu.
- E acredito que um dia existiram dragões. Afinal de contas, vi seus crânios.
- Esperemos que essa seja a pior coisa que veja, senhor.
- Nisso concordamos - Tyrion sorriu. - E quanto à morte de Sor Cortnay, bem, sabemos
que Stannis contratou mercenários das Cidades Livres. Talvez também tenha comprado um
assassino habilidoso.
- Um assassino muito habilidoso.

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Será que eu estou sozinha nesse mundo super lotado de pessoas sempre online? - Suh Riediger


A geração da rapidinha chegou. Foto bonita no Facebook, entra na página, vasculha o perfil, descobre quem é pai-mãe-melhor amigo-cachorro-casa de praia-onde passou o último verão-e quem foi a última namorada. Adiciona como amigo. Aceitou. Manda Inbox. Respondeu. 10 frases e passa o WhatsApp. -Oi, oi; por aqui é bem melhor. -E aí, o que vai fazer no fds? -Vou na “dasa” e vc? -Também. -Então nos encontramos lá. Alguns dias de ansiedade e chega a hora. Será que ele vai? Com que roupa eu vou? Batom vermelho? Acho que não rola amiga. Vai de nude, salto e saia. -Oi, oi; prazer, prazer. Beijos!!!! Beijos… Beijos sem muita conversa. Mas também, porque beijos precisam ser quase imediatos? Daí rola aqueles olhares sem muita profundidade. Vontade sem muito entusiamo. Mas o que podemos esperar de uma relação tão sem “relação”? Mas está bom, melhor que nada. Vida de solteira anda meio difícil não é mesmo? -Deixa que eu te levo em casa então.
No outro dia de manhã tem WhatsApp. Quem manda primeiro? Quem está mais interessado? Não, quem é mais maduro. Um oi e um tchau. Uma noite, duas noites… Uma semana e uma mudança de lua são suficientes para acabar. A regra das relações rapidinhas segue a mesma constância: acho que não era para ser. É alto demais, é loiro, não trabalha, tem poucos seguidores, vive na balada, gosta de comer milho na frente dos outros e tem uma família meio torta. “Nada”, isso é o que significa as características que usamos para terminar alguma coisa que mal teve a chance de começar. A gente corta as asas de quem nem aprendeu a voar ainda. As pessoas perderam o olhar longo, a jogada de cabelo… Perderam a emoção de um sms escrito “estou com saudades”. Será que ninguém mais tem vontade de olhar as estrelas sem pensar em mais nada além daquele momento? Com aquela pessoa? Será que eu estou sozinha nesse mundo super lotado de pessoas sempre online?
Parece que nada mais tem graça, parece que tudo anda meio vazio. Tudo é tão igual. A gente está perdendo a sutileza de saber o que significa se entregar, merecer, conquistar, estar, viver… Se perceber e se doar. Se amar e admirar a cor dos olhos do outro. A textura do cabelo, os ossinhos da mão e o jeito de andar rápido quando está atrasado. Sabe aquela voltinha na coluna que ninguém tem igual a ninguém? Ninguém mais repara nela. A gente existe por likes. Viaja por comentários, e vai para academia pelo espelho. A legging mais confortável perdeu espaço para a mais bonita. Essa é a lógica das relações de hoje: o que faz bem foi deixado de lado pela triste beleza do que faz mal. Eu tenho medo de pensar onde isso vai parar. Em um mundo onde se compra casamentos, seguidores, silicones, bocas carnudas e o perfect365 é de graça, eu fico pensando: será que um dia alguém ainda vai reparar quantos tipos de sorriso eu tenho?
Por: Suh Riediger

sexta-feira, 27 de maio de 2016

A Carta de Ramsay Bolton | Game of Thrones

Quem está acompanhando a série Game of Thrones, com certeza viu no episódio 4 da 6ª temporada a cena em que Jon Snow recebe uma carta de Ramsay pedindo para que ele devolva Sansa. Bom, pra quem não leu, aqui vai a carta do livro. Logo em baixo também deixamos um vídeo com a versão da série.


“ Seu falso rei está morto, bastardo. Ele e toda sua tropa foram esmagados em sete dias de batalha. Estou com a espada mágica dele. Conte isso para a puta vermelha.
Os amigos de seu falso rei estão mortos. Suas cabeças estão sobre as muralhas de Winterfell. Venha vê-las, bastardo. Seu falso rei morreu, e o mesmo acontecerá com você. Você disse ao mundo que queimou o Rei-para-lá-da-Muralha. Em vez disso, você o enviou para Winterfell, para roubar minha esposa.
Terei minha noiva de volta. Se quer Mance Rayder de volta, venha buscá-lo. Eu o tenho em uma jaula, para que todo o Norte possa ver, a prova de suas mentiras. A jaula é fria, mas fiz um manto quente para ele, com as peles das seis putas que o seguiram até Winterfell.
Quero minha noiva de volta. Quero a rainha do falso rei. Quero a filha deles e a bruxa vermelha. Quero sua princesa selvagem. Quero seu pequeno príncipe, o bebê selvagem. Quero meu Fedor. Mande-os para mim, bastardo, e não incomodarei você e seus corvos negros. Fique com ele, e eu arrancarei seu coração bastardo e o comerei.”
— Ramsay Bolton, Legítimo Senhor de Winterfell


quarta-feira, 25 de maio de 2016

Os Lobos Gigantes de Winterfell | Game of Thrones

Este post contém spoiler
Depois de fazer a execução de um desertor, Ned Stark juntamente com seus filhos encontram, quando estavam voltando para Winterfell, uma loba e um cervo morto. A loba estava com o chifre do cervo atravessado na garganta. E no mesmo local estavam cinco filhotinhos de lobo, que segundo algumas lendas, a mãe pode ter dado a luz após a morte.

Bran Stark, um dos filhos caçula, insistiu para que o pai, Ned, ficasse com os filhotes, mas ele só foi convencido depois de Jon dizer que o lobo era o simbolo da casa, e por ter cinco, teria um para cada filho Stark. Logo depois o Jon achou um outro lobinho separado dos outros, e acabou ficando com ele.

Os lobos então ficam sob os cuidados das crianças, que com o passar do tempo acabam criando um vinculo sobrenatural com eles. Cada lobo tem um pouco da personalidade de seu dono, e os donos tem uma ligação muito intensa com eles. Vamos então conhecer um pouco mais sobre cada um dos lobos gigantes:

Lady: lobo de Sansa, era a menor deles e era a mais delicada e obediente, o que liga com as característica da Sansa Stark. Lady foi morta por Ned Stark após a rainha Cersei ordenar que o lobo de Arya (Nymeria) fosse sacrificada por ter agredido o príncipe Joffrey. Mas como Arya soltou Nymeria para fugir, Ned teve que sacrificar Lady.

Cão Felpudo (ShaggyDog): lobo de Rickon, era o mais selvagem, o mais arisco e bravo. Nessa época os pais do Rickon saiu de Winterfell e foram para o sul e o Rickon se sentiu abandonado, e por ser criança, ele não entendia  porque todos iam embora e não voltavam. Isso o deixou um pouco mais "rebelde", digamos assim, e suas características se tornaram parecidas com a de seu lobo. Cão Felpudo foi assassinado pela família Umber e dado a cabeça como presente para os Boltons (há uma teoria de que a cabeça do lobo apresentado não era o lobo verdadeiro de Rickon. Vamos aguardar!)

Fantasma (Ghost): esse  é o do Jon, tem a pelagem branca (albino) e olhos vermelhos. Ele  não faz nenhum barulho (nos livros), por isso recebeu esse nome. Fantasma era um estranho no meio dos irmãos e foi o primeiro a abrir os olhos. Está sempre ao lado de Jon se mantendo fiel.

Vento Cinzento (Grey Wind): é o lobo do Robb, quando Robb é ameaçado por Greatjon Umber, Vento Cinzento lhe arranca vários dedos da mão, dessa forma Robb e o lobo ganharam mais respeito de seus homens. Ele participou de várias batalhas com Robb, o ajudando em momentos importantes. Robb e Vento Cinzento morreram juntos, firmes e fiéis em um dos momentos mais chocantes da história do livro e da série, o Casamento Vermelho.

Verão (Summer): é o lobo do Bran, tem a pelagem mais marrom, esteve sempre ao lado de seu dono e em alguns momentos salvou sua vida do perigo. Depois que Bran descobre o seu poder, ele consegue por varias vezes entrar no Verão e assumir seu corpo. Verão morreu no episódio 5 da 6ª temporada numa luta contra os White Walkers.

Nymeria: é o lobo da Arya, tem os olhos amarelos e recebeu esse nome pois pertenceu a rainha dos Rhoynar. Nymeria ainda está viva, Arya a soltou na floresta para que a rainha não madasse sacrifica-la. Teoricamente Nymeria juntou uma matilha com lobos normais e está perto das terras do Tridente. Também no livro a Arya consegue assumir o corpo da Nymeria. Acontece bastante quando a ela está cega e começa a ter sonhos de loba.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

O Nome da Rosa – Umberto Eco | Download do Livro


Ficção de estréia de um dos mais respeitados teóricos da semiótica, O Nome da Rosa transformou-se em prodígio editorial logo após seu lançamento, em 1980.Tamanho sucesso não parecia provável para um romance cuja trama se desenrola em um mosteiro italiano na última semana de novembro de 1327.Ali, em meio a intensos debates religiosos, o frade franciscano inglês Guilherme de Baskerville e seu jovem auxiliar, Adso, envolvem-se na investigação das insólitas mortes de sete monges, em sete dias e sete noites.Os crimes se irradiam a partir da biblioteca do mosteiro – a maior biblioteca do mundo cristão, cuja riqueza ajuda a explicar o título do romance: “o nome da rosa” era uma expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras.Narrado com a astúcia e graça de quem apreciou (e explicou) como poucos as artes do romance policial, O Nome da Rosa encena discussões de grandes temas da filosofia européia, num contexto que faz desses debates um ingrediente a mais da ficção.O livro de Eco é ainda uma defesa da comédia – a expressão do homem livre, capaz de resistir com ironia ao peso de homens e livros.

terça-feira, 17 de maio de 2016

O Menino do Pijama Listrado – John Boyne | Download do Livro


Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os Judeus. Também não faz ideia de que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito.
Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer.
Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele.
Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O Menino do Pijama Listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.

A Volta ao Mundo em 80 (Oitenta) Dias – Júlio Verne | Download do Livro


Phileas Fogg tinha uma vida regrada e solitária, mas com muito dinheiro. Devido a uma aposta com seus amigos, resolve dar a volta ao mundo em 80 dias, acompanhado apenas de seu fiel empregado. Nessa viagem, viverá diversas aventuras e conhecerá vários lugares do mundo. Será que Fogg conseguirá ganhar a aposta?

A Metamorfose, Franz Kafka – Download do Livro


A Metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante – o famoso Gregor Samsa – transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana – tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.