quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Sobre a vida, sobre crescer...

Não sei que rumo eu estou seguindo, sentada na varanda do fundo de casa e observando as folhas do coqueiro se mover com o vento, fico imaginando quando que vou me sentir satisfeita por completo.

A questão é que eu escolhi o que quero ser, mas a cada porta que tento abrir a chave não é compatível. E o que sempre ouço é "você ainda é jovem, tem muito caminho pela frente" e até aí tudo bem. O problema é quando eu vejo que boa parte das pessoas que já convivi ou convivo estão com um rumo certo, já tem um bom emprego, e muitos já estão até construindo uma família enquanto eu... Bom, eu ainda estou aqui, sem muitas novidades, sem muito sobre o que falar.

Parece um pouco clichê dizer isso, mas agora entendo melhor porque Peter Pan nunca quis ser adulto. Nascemos, crescemos, nos apaixonamos, trabalhamos e morremos. Muitos formam família outros não.

Vivemos relativamente pouco se levarmos em consideração que passamos boa parte dos dias nos preocupando com trabalho, dinheiro e outras coisas que com certeza vamos nos arrepender de ter perdido tempo quando estivermos chegando no fim da vida.

A felicidade as vezes me parece ser uma agulha no palheiro, mesmo vendo as pessoas expondo varias formulas dela. A real é que ninguém segue metade daquilo que fala. Você pode ser a pessoa mais caridosa, mais autêntica, mais sorridente, mais confiante, mas sempre vai ter aquela hora do dia que você vai parar e pensar que poderia estar melhor.

Sinto falta de ser surpreendida por algo e sinto falta da reciprocidade. O medo de se entregar pode ser perigoso, sem ver ele te afasta das pessoas, e mesmo assim você vai achar que está tudo bem. É como um câncer que você só descobre quando está na fase terminal, e aí é tarde demais.

Talvez eu só precise me sentir menos só ou eu só precise de uma boa xícara de café enquanto sigo em frente. Só para frente.
-A

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